26 de julho de 2008

Murmúrios... um sucesso

Ontem fizemos o lançamento oficial dos "Murmúrios das Profundezas", e (modéstia à parte), fomos um sucesso.

Como se diz na gíria, "vendemos que nem pãezinhos quentes" e a reacção dos compradores foi muito positiva.


Equipa dos "Murmúrios" nos prémios da Central Comics


Para os interessados, tanto o álbum como a T-shirt estão disponíveis para venda no nosso blog. Para quem já me tinha encomendado cópias, já as tenho e em breve entro em contacto com vocês.

10 de julho de 2008

Está quase...

Aproxima-se a passos largos o dia de lançamento dos "Murmúrios das Profundezas"!

Devo dizer que estou mais entusiasmado do que julgaria estar. Mas afinal, não é todos os dias que vamos lançar o primeiro projecto como autor (ainda que seja como co-autor).


Não é que nunca tenha visto nada que do que escrevi impresso. Já publiquei artigos sobre Astronomia no boletim "Giroscópio", na Fórum Ambiente e fui também co-autor do livro "Descobrir o Universo" (nº152 da colecção "Ciência Aberta" da Gradiva).

Mas isso tudo tem, mais ou menos directamente, a ver com o trabalho que desenvolvo no Núcleo de Divulgação do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.

Agora é a primeira vez que algo que fiz totalmente por divertimento é publicado.


Ainda não sabemos bem quando podemos ter os exemplares à venda (como muita gente, fomos surpreendidos pela greve dos camionistas em Espanha). Até lá, podem vislumbrar o nosso processo criativo na Casa da Animação, no Porto, de 26 de Julho a 5 de Setembro.

14 de maio de 2008

Murmúrios em Beja

É oficial... sou um grande impostor! Pelo menos ainda é assim que me sinto, depois de termos ido apresentar os "Murmúrios das Profundezas" no IV Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. É que estar a ser tratado (regra geral) como colega, por pessoas que andam nisto da banda desenhada há anos (ou mesmo décadas), quando eu só co-escrevi um pequeno conto de 8 páginas... é estranho! Em especial porque, como o meio é relativamente pequeno, toda a gente conhece toda a gente, por isso a maior parte não me conhecia de lado nenhum e só se deviam estar a indagar "quem é aquele?".

Então no (delicioso) jantar do festival, estar a comer carne de porco à alentejana e bacalhau com natas ao lado de uma lenda como o Dave McKean, dá mesmo para pensar "mas o que é que eu estou a fazer no meio desta gente? Eu não pertenço aqui! Eu sou tipo fura-casamentos"

Bom, fora esse pequeno incómodo da minha parte, fomos muito bem recebidos em Beja. Há que dar o (merecido) crédito ao Paulo Monteiro, que montou um estaminé altamente!

Também foi a primeira oportunidade do grupo que está a produzir os "Murmúrios das Profundezas" se reunir cara-a-cara. Além do Bel e do Rui, conheci os Diogos e o Phermad (e a respectiva dele). Acho que dificilmente podiamos pedir um grupo melhor e mais diverso. Acho que nos demos bem e limámos as arestas que faltavam antes de o projecto ir para impressão.

Há que agradecer às respectivas dos membros que estavam presentes, a (minha) Luisa, a Virginia e a Vanda, que foram uma grande ajuda para nós.

Aqui ficam uma quantas fotos do evento:


À esquerda: "El Jefe" com o nosso jornal. À direita: Diogo Campos e Rui Ramos



À esquerda: Dave McKean. À direita: O Jantar



Durante a apresentação. Na primeira foto, da esquerda para a
direita somos: Phermad, Diogo Campos, Diogo Carvalho, Rui Ramos, Eu
e o Luis Belerique. Faltaram a Vanessa e o Flávio.

4 de maio de 2008

Fiscus rally paper 2008

"QUÊ?" - perguntará a maioria de vocês.

"Fiscus?" "Rally paper"? "Um rally paper do fisco"?

Pois é. O pessoal das finanças também gosta de se divertir. E para mim, que caí um bocado de paraquedas neste rally paper das finanças, deixem que vos diga que a imagem de pessoal carrancudo atrás de um balcão que só nos quer dificultar a vida desapareceu por completo.

Afinal o pessoal das finanças são pessoas como nós! Há os palhaços, os cromos, os carrancudos, os atrapalhados, os "copiões", os "chicos-espertos" os simpáticos, os prestáveis... Enfim, de tudo.

Este ano o rally andou entre o rio e as serras. O rio, o Douro. Já as serras, nem eu sei muito bem quais (era uma das perguntas do rally, mas já não me lembro).

Passamos por terras como Alpendurada, Cinfães, Gralheira, Nespereira, Régua, Resende, eu sei lá! Andámos "perdidos" no meio de serras, onde só se viam pedras e água literalmente a brotar do chão.

Descobrimos "o que é que o Tony tem?" (Vivenda Carreira), não virámos em direcção às cerejas (Resende), e até vimos que conselho nos deu Deus (vêr foto abaixo).

Enfim, fora o esforço para os carros (a meio do segundo dia vários carros tinham perdido os travões, e pelo menos um carro sobreaqueceu no cimo de uma serra), foram 2 dias e meio bem passados.

Aqui ficam algumas fotos:








3 de maio de 2008

Murmúrios das Profundezas

Sempre gostei de literatura de ficção-científica, sempre li BD. Mas há alguns anos atrás, através do contacto com colegas da faculdade, comecei a ler outro tema que já me atraia no cinema: o terror.

Depois do Drácula de Bram Stoker e do Frankanstein de Mary Shelly (provavelmente os 2 livros mais óbvios para começar a ler este género), passei para outro dos grandes mestre: Edgar Alan Poe.

Depois segui para Anne Rice e as suas crónicas de vampiros, onde encontrei nomes (na altura) mais desconhecidos do grande público, como Lestat ou Akasha.

A seguir descobri o Sr. Howard Phillips Lovecraft, mais conhecido pelas iniciais H.P., e os seus contos de arrepiar. Aí conheci os "antigos", a estranha cidade de Arkham, ou nomes como Cthulhu (lê-se "que túlú") e Necronomicron.

Os contos de H.P. Lovecraft foram uma grande influência para inúmeros grandes escritores, como Stephen King ou Neil Gaiman... e também para um bando de entusiastas portugueses.

Eu entrei no projecto "Murmúrios das Profundezas" já a procissão ia no adro, através de uma conversa com o meu amigo Bel que estava envolvido no projecto. A ideia era criar um album, formado por vários contos curtos, inspirados no prolífico universo criado por Lovecraft. Bastou um instante para me aperceber que era um projecto no qual queria mesmo participar. Afinal, uma BD de terror, era mesmo ouro sobre azul!

Um "brainstorming" com o Bel foi o suficiente para passar a co-autor do conto que ele tinha já idealizado e a colaborador deste projecto. Só recentemente o nosso conto passou a ter título, mas espero que toda a gente venha a ouvir falar d´"O êxodo de Ythia" dentro em breve. Até lá, podem consultar o nosso blog em http://murmuriosdasprofundezas.blogspot.com

E para aguçar a vossa curiosidade, aqui fica um pequeno brinde:

22 de abril de 2008

Refracção da Luz

Parece incrível, mas é verdade...

Andei à procura de uma fotografia livre da dispersão da luz do Sol por um prisma e não consegui encontrar.

No imenso universo que é a Internet, não consegui encontrar uma única foto deste fenómeno que dá origem ao arco-íris, pelo menos uma que fosse gratuita. Por isso, decidi fazer eu essa foto.

Prisma a dispersar a luz branca do Sol nas suas cores constituintes
© Ricardo Cardoso Reis - 2008


E pronto... Usem e abusem à vontade. Se quiserem por um créditozito, agradece-se.


Para os anglófonos...

This photograph of sunlight dispersion by a prism in its "rainbow" colors can be used free of charge. If you want, please include the credit line.

14 de dezembro de 2007

Traduções... que pesadelo.

Nas últimas semanas tenho ganho um respeito acrescido por quem faz traduções. Ando há umas 2 ou 3 semanas a traduzir o texto de um DVD-ROM, de inglês para português e deixem que vos diga... É MESMO DIFICIL!!!!

Eu sou fluente em inglês o suficiente para perceber até um irlandês com sotaque semi-carregado (sim, estou a pensar no Ronan ou no Popup, e quem os conhece sabe o que quero dizer). Mas uma coisa é perceber o significado, outra coisa é tentar escreve-lo em português de gente.

Uma das palavras que mais me tem chateado a cabeça (porque aparece constantemente no texto) é "Disturbance". Como é natural em qualquer língua, a tentação é traduzir logo para a palavra mais parecida, neste caso "distúrbio", que no caso não se enquadra lá muito bem. O significado é mais o de "perturbação".

E depois há aquelas palavras que nem têm tradução possível, como "Flare". E estou a falar de Flares solares, por isso esqueçam lá o "fulgor" ou "reluzir" ou "brilhar" ou qualquer outra variação. Flares são intensas explosões de energia magnética que ocorrem no Sol. Mas também não lhe posso chamar só "explosão", porque uma Flare é apenas uma de muitos tipos de explosões no Sol.

Solução? Não se traduz e introduzimos mais uma palavra no dicionário português.

Há ainda aquelas frases que se percebe perfeitamente o que querem dizer, mas que traduzidas para português não fazem qualquer sentido.

Como "auroral oval". O campo magnético da Terra tem uma forma semelhante a um Donut deformado, o que significa que tem um "buraco" na zona dos pólos magnéticos. Ora visto de cima esse buraco tem uma forma semelhante uma circunferência deformada - um ovo! Agora digam lá, "a oval das auroras" faz algum sentido?

Enfim... vou continuar a tentar produzir um texto minimamente coerente em português (de Portugal! Os brasileiros têm tanta sorte neste aspecto. A política deles é "se não existe, inventa-se")

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